Tendo escrito aqui mesmo que achava a escrita de João Aguiar demasiado académica, parece que estou disposto a contrariar-me com cada livro que agora vou lendo dele.
Não que, por várias vezes, João Aguiar não continue a escolher uma palavra demasiado eloquente e deslocada para o que escreveu, mas com este livro ele conseguiu um thriller diferente e pessoalíssimo para a personagem que o protagoniza.
Escrito como um diário onde o único ponto de vista é o do protagonista em crise existencial, a paranóia começa por tanto poder ser justificada como consequência da sua própria incompreensão no seio da trama real sobre o passado de um local ainda exótico onde piratas e empresários de grande sucesso se cruzam
A incerteza do que é real e do que é receio imaginado, o envolvimento com uma cidade ainda desconhecida que em breve se ameaça tornar inalcançável e a mera sedução de uma história que há para contar são alterações às noções comuns de uma história assim.
E, apesar disso, está lá o duvidoso envolvimento amoroso, as pistas seguidas com perspicácia, os acontecimentos repletos de adrenalina...
Sem bons nem maus, a história é como um desnorte emocional do protagonista e resolve-se sem sucesso nem insucesso, apenas continua para um outro estado.
Não que, por várias vezes, João Aguiar não continue a escolher uma palavra demasiado eloquente e deslocada para o que escreveu, mas com este livro ele conseguiu um thriller diferente e pessoalíssimo para a personagem que o protagoniza.
Escrito como um diário onde o único ponto de vista é o do protagonista em crise existencial, a paranóia começa por tanto poder ser justificada como consequência da sua própria incompreensão no seio da trama real sobre o passado de um local ainda exótico onde piratas e empresários de grande sucesso se cruzam
A incerteza do que é real e do que é receio imaginado, o envolvimento com uma cidade ainda desconhecida que em breve se ameaça tornar inalcançável e a mera sedução de uma história que há para contar são alterações às noções comuns de uma história assim.
E, apesar disso, está lá o duvidoso envolvimento amoroso, as pistas seguidas com perspicácia, os acontecimentos repletos de adrenalina...
Sem bons nem maus, a história é como um desnorte emocional do protagonista e resolve-se sem sucesso nem insucesso, apenas continua para um outro estado.
Os Comedores de Pérolas (João Aguiar)
Edições Asa
12ª edição - Março de 2002
240 páginas
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