Tinha uma viagem de três horas para fazer e este livro pareceu-me adequado para transportar comigo. Pequeno em tamanho e por isso prestável para o pouco espaço que se tem entre assentos de autocarro, leve para se segurar na mesma posição sem cansaço do braço e, acima de tudo, prometedor de uma veloz leitura.
E assim foi, com um ritmo acima de 100 páginas por hora, o livro estava praticamente acabado quando cheguei ao destino, sendo o veredicto sobre ele de um Suficiente para a situação em que foi lido.
A velocidade com que se atravessa o livro, rápida que seja, não tem um motivo constante mas varia ao longo das suas três partes por interesse, enfado e descargo de consciência, respectivamente.
A primeira parte do livro constrói personagens e suspeitas intrigantes para, mesmo no final, nos inverter a percepção. A segunda parte lança-nos pistas que pela sua evidência parecem desleixo do escritor e que queremos confirmar. A terceira parte é a resolução combativa do que estava lá na primeira parte e que a segunda tentou disfarçar para fazer durar o livro.
A segunda parte, não contando com algumas informações que até importam para o retrato do personagem, acaba por ser uma cortina de fumo com que o livro nos distrai da sua evidência. Insinuações de outras teorias que responderiam ao enigma inicial que se revelam erradas e nada influenciam o desfecho.
E o desfecho é um jogo de xadrez com mais acção entre o acusado e o culpado como inicialmente se esperava. E aí se vê que o livro poderia ter sido mais directo - e breve - sem andar a tentar fazer o leitor passar por tolo dando-lhe tudo para seguir uma teoria que, afinal de contas, não interessa - porque não se resolve nem resolve nada para a verdadeira trama.
O Suspeito acaba por se parecer com pouco mais do que a versão condensada da série O Fugitivo, com o protagonista a saber quem cometeu o crime de que é acusado e em busca da sua verdadeira identidade.
Portanto fica a recomendação, se tiverem uma viagem a fazer e não quiserem sentir esse tempo desperdiçado e, pelo contrário, não quiserem arriscar desperdiçar tempo "útil" fora dela, então leiam este livro.
Isso ou, em alternativa, durmam se for mais proveitoso...
A velocidade com que se atravessa o livro, rápida que seja, não tem um motivo constante mas varia ao longo das suas três partes por interesse, enfado e descargo de consciência, respectivamente.
A primeira parte do livro constrói personagens e suspeitas intrigantes para, mesmo no final, nos inverter a percepção. A segunda parte lança-nos pistas que pela sua evidência parecem desleixo do escritor e que queremos confirmar. A terceira parte é a resolução combativa do que estava lá na primeira parte e que a segunda tentou disfarçar para fazer durar o livro.
A segunda parte, não contando com algumas informações que até importam para o retrato do personagem, acaba por ser uma cortina de fumo com que o livro nos distrai da sua evidência. Insinuações de outras teorias que responderiam ao enigma inicial que se revelam erradas e nada influenciam o desfecho.
E o desfecho é um jogo de xadrez com mais acção entre o acusado e o culpado como inicialmente se esperava. E aí se vê que o livro poderia ter sido mais directo - e breve - sem andar a tentar fazer o leitor passar por tolo dando-lhe tudo para seguir uma teoria que, afinal de contas, não interessa - porque não se resolve nem resolve nada para a verdadeira trama.
O Suspeito acaba por se parecer com pouco mais do que a versão condensada da série O Fugitivo, com o protagonista a saber quem cometeu o crime de que é acusado e em busca da sua verdadeira identidade.
Portanto fica a recomendação, se tiverem uma viagem a fazer e não quiserem sentir esse tempo desperdiçado e, pelo contrário, não quiserem arriscar desperdiçar tempo "útil" fora dela, então leiam este livro.
Isso ou, em alternativa, durmam se for mais proveitoso...
O Suspeito (Michael Robotham)11 x 17
Sem indicação da edição - Julho de 2009
512 páginas
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