Não tenho interesse particular na vida dos yuppies de Wall Street, embora entre Wall Street e American Psycho já tenha visto o quanto essas personagens podem ser (brutalmente) interessantes.
Ainda assim, uma autobiografia fazia-me duvidar. 600 páginas de um homem a contar a sua própria história não prometiam uma leitura muito fascinante.
Mas começa o prólogo com a iniciação do Lobo na correctagem com a promessa e que ele ainda vai a tempo de se tornar alcoólico e o interesse muda de orientação de imediato.
A partir daí as 600 páginas correm e há uma verdadeira alucinação de uma vida de excessos e de falta de convicções de qualquer espécie.
Esta é uma vida que podia ter sido criada por Hunter S. Thompson, carregada de drogas, sexo e dinheiro.
Ou, dito de uma forma mais evidente, vida carregada de poder e inconsciência, possibilidades ilimitadas sem sentido crítico que as ampare.
Com uma preferência por Quaaludes, o Lobo de Wall Street - ou Gordon Gekko, ou Don Corleone, ou Kaiser Soze - não dá tréguas a si mesmo no relato da sua queda até ao abismo.
Com uma escrita tão acelerada como os seus acontecimentos, com a recriação de diálogos desvairados e com uma falta de pudor perante a humilhação, esta autobiografia é um livro de plena brutalidade vivida demasiado depressa para um ser humano comum.
A queda dá direito a uma pequena retoma lá mais para o final, mas são 9 anos de loucura sempre à mão de semear, para uma pequena hipótese.
Quem disser que não adorou entrar no raio desta montanha russa de concretização, paranóia e ferocidade, provavelmente estará a mentir.
Se perguntarem se o livro dá uma ideia do limite que o ser humano é capaz de atingir, respondo sim.
Se perguntarem se o livro constata que o domínio de nós mesmos e da realidade está quase sempre para lá de nós, respondo sim.
Se perguntarem se o livro é essencial para termos consciência de qualquer um destes aspectos, aí responderei não. Mas que foi uma trip daquelas... lá isso foi!
Ainda assim, uma autobiografia fazia-me duvidar. 600 páginas de um homem a contar a sua própria história não prometiam uma leitura muito fascinante.
Mas começa o prólogo com a iniciação do Lobo na correctagem com a promessa e que ele ainda vai a tempo de se tornar alcoólico e o interesse muda de orientação de imediato.
A partir daí as 600 páginas correm e há uma verdadeira alucinação de uma vida de excessos e de falta de convicções de qualquer espécie.
Esta é uma vida que podia ter sido criada por Hunter S. Thompson, carregada de drogas, sexo e dinheiro.
Ou, dito de uma forma mais evidente, vida carregada de poder e inconsciência, possibilidades ilimitadas sem sentido crítico que as ampare.
Com uma preferência por Quaaludes, o Lobo de Wall Street - ou Gordon Gekko, ou Don Corleone, ou Kaiser Soze - não dá tréguas a si mesmo no relato da sua queda até ao abismo.
Com uma escrita tão acelerada como os seus acontecimentos, com a recriação de diálogos desvairados e com uma falta de pudor perante a humilhação, esta autobiografia é um livro de plena brutalidade vivida demasiado depressa para um ser humano comum.
A queda dá direito a uma pequena retoma lá mais para o final, mas são 9 anos de loucura sempre à mão de semear, para uma pequena hipótese.
Quem disser que não adorou entrar no raio desta montanha russa de concretização, paranóia e ferocidade, provavelmente estará a mentir.
Se perguntarem se o livro dá uma ideia do limite que o ser humano é capaz de atingir, respondo sim.
Se perguntarem se o livro constata que o domínio de nós mesmos e da realidade está quase sempre para lá de nós, respondo sim.
Se perguntarem se o livro é essencial para termos consciência de qualquer um destes aspectos, aí responderei não. Mas que foi uma trip daquelas... lá isso foi!
O Lobo de Wall Street (Jordan Belfort)
Editorial Presença
1ª edição - Setembro de 2010
632 páginas
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