quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Há momentos em que convém

Alguns amigos meus têm estranhado por me verem a ler esta saga, num misto de perplexidade de me encontrarem com um género que me é pouco habitual e julgamento crítico de superioridade intelectual.
Há mais do que um motivo para que tal aconteça, mas deixarei aquele que se possa apresentar de forma concludente.
Esta saga aglutina características tão diversas de uma forma coerente e capaz, talvez não perfeita em si mesma, mas perfeita perante o objectivo que a rege.
É uma obra despretensiosa, que se propõe a cativar um leitor pelo divertimento que lhe proporciona.
Com uma parcela de novela - capaz de irritar o leitor masculino a páginas tantas - , outra de mitologia inserida no mundo moderno, outra de aventura e mistério, outra de puro humor negro e ainda outra de comentário social, a saga de Sangue Fresco consegue engajar o leitor no seu universo peculiar de forma simples e eficaz.
Melhor ainda, consegue manter o leitor por lá, abstraído e confortável, desejoso de mais um regresso, de mais uma peripécia, de mais um reencontro com as personagens.
Por estes motivos, esta saga conseguiu gerar uma igualmente interessante série televisiva e consegue agregar um público diversificado.
Em somatório, Dívida de Sangue é uma viagem de dois dias por um pedaço de entretenimento sólido e cativante.
E isso, mais do que nos bastar, por vezes convém realmente.


















Dívida de Sangue (Charlaine Harris)
Saída de Emergência
1ª Edição - Julho de 2009
256 páginas

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