Veneno é um pequeno texto de uma enorme crueldade.
A luta de uma criança estropiada contra uma cobra é o retrato da crueldade da própria vida.
O rapaz e a cobra começam a luta pelas suas próprias vidas, ele apertando-lhe a cabeça com o único braço que tem bom e ela esmagando-o com o seu aperto.
Ele busca ajuda na aldeia mas os seus pais fogem do que lhes parece um monstro.
Ele busca ajuda na aldeia mas o feiticeiro local anuncia aquilo como um castigo divino.
Ele busca ajuda na aldeia mas os homens temem aproximar-se dele mesmo podendo salvá-lo facilmente.
O rapaz está sozinho, mas mesmo contra todas as adversidades luta e defende a vida que mais ninguém parece apreciar.
Não se trata apenas do combate contra a cobra, trata-se do combate pelo significado da sua vida, ele que só com um braço sonhava ser fantocheiro. Não só sonhava como conseguia e encantava as restantes crianças, mesmo que os adultos não lhe dessem valor algum, mesmo tendo sido o barulho do seu último espectáculo de fantoches a atrair a raiva da cobra.
E o rapaz luta sem desistir, é a sua vida mesmo que ninguém de entre os que observam a cena pareça apreciá-la.
Até que ele se deixa convencer totalmente, ele que já evitara pedir ajuda ao sacerdote para não lhe interromper as orações, finalmente deixa que a cobra o morda.
Então percebemos... Não é a morte que derrota alguém, é a descrença, a desistência.
Quando se consente que não há mais propósito em lutar, então uma pessoa derrotou-se a si mesma, ainda que tenha vencido a luta pela sobrevivência.
A luta de uma criança estropiada contra uma cobra é o retrato da crueldade da própria vida.
O rapaz e a cobra começam a luta pelas suas próprias vidas, ele apertando-lhe a cabeça com o único braço que tem bom e ela esmagando-o com o seu aperto.
Ele busca ajuda na aldeia mas os seus pais fogem do que lhes parece um monstro.
Ele busca ajuda na aldeia mas o feiticeiro local anuncia aquilo como um castigo divino.
Ele busca ajuda na aldeia mas os homens temem aproximar-se dele mesmo podendo salvá-lo facilmente.
O rapaz está sozinho, mas mesmo contra todas as adversidades luta e defende a vida que mais ninguém parece apreciar.
Não se trata apenas do combate contra a cobra, trata-se do combate pelo significado da sua vida, ele que só com um braço sonhava ser fantocheiro. Não só sonhava como conseguia e encantava as restantes crianças, mesmo que os adultos não lhe dessem valor algum, mesmo tendo sido o barulho do seu último espectáculo de fantoches a atrair a raiva da cobra.
E o rapaz luta sem desistir, é a sua vida mesmo que ninguém de entre os que observam a cena pareça apreciá-la.
Até que ele se deixa convencer totalmente, ele que já evitara pedir ajuda ao sacerdote para não lhe interromper as orações, finalmente deixa que a cobra o morda.
Então percebemos... Não é a morte que derrota alguém, é a descrença, a desistência.
Quando se consente que não há mais propósito em lutar, então uma pessoa derrotou-se a si mesma, ainda que tenha vencido a luta pela sobrevivência.
Veneno (Saneh Sangsuk)
Ambar
1ª Edição - Abril de 2002
64 páginas
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