sábado, 11 de julho de 2009

Mais ou menos inspirado

http://www.leninimports.com/gustav_klimt_kiss_shop_sculpture_1.jpg
Escultura desenvolvida pelos estúdios Parastone
baseada na obra Der Kuss de Gustav Klimt

Acho que poucos ficariam indiferentes à capa deste livro, uma reprodução do magnífico quadro de Gustav Klimt. Poucos deixariam de se interrogar sobre o que se escondia para lá dela.
Foi assim comigo, ainda que refreado por aquilo que era a minha anterior percepção da vida de Gustav Klimt, uma constante alucinação comportamental, desvairada e incoerente, num registo excessivamente ridículo de John Malkovich (dir-lhes-ia para verificarem por vocês mesmos, não fosse Klimt de Raoul Ruiz uma das mais penosas experiência cinematográficas que tive em tempos recentes).
Começando a ler, torna-se rapidamente óbvio que a obra tratará com admiração o pintor, pois foca-se na vida de uma sua discípula e, evidentemente, futura amante - e digo-o apesar de não ter chegado a essa parte do livro, mas sendo evidenciado pelo subtítulo e pela sinopse do livro.
Além disso, a autora escreve para destacar o ambiente glamouroso e sedutor da Viena dos finais do século XIX e início do seguinte.
Sem desprimor algum no que digo, trata-se de um livro que procura exponenciar a beleza dos ambientes de forma a exponenciar a beleza de um romance que assim será mais apontado ao público feminino.
É natural que Der Kuss continue a inspirar muitas obras.
E, como sempre, umas merecerão mais atenção que outras.
Mas, acima de tudo, é a admiração do próprio quadro que vale todo o nosso tempo.
Não seja por mais nada, esperemos que este livro consiga isso mesmo.


















O Beijo - A paixão de Gustav Klimt (Elizabeth Hickey)
Editorial Presença
1ª edição - Maio de 2009
274 páginas

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