O interesse que têm as vidas destes Intelectuais não se prende com uma qualquer forma de coscuvilhice. Se fossem apenas pormenores da privacidade dos homens que dão corpo a autores, este livros seria um desperdício de papel.
O que aqui se analisa é a forma como os autores que se dispunham a alterar o pensamento humano respeitaram pessoalmente o que "pregavam".
Nenhum dos homens que aqui estão retratados parece ter sido capaz de justificar pelo exemplo a correcção dos seus argumentos.
Estes são homens capazes de reflectir abstractamente mas incapazes de lidar com a realidade das suas emoções. Homens capazes de criar teorias a partir do vazio ou de um mínimo de informação mas incapazes de se relacionarem com a humanidade que tanto pretendiam influenciar.
Os intelectuais aqui analisados podem ter sido génios mas não tinham sentido auto-crítico nem uma compreensão individual de moral que os ajudasse a comandar as suas vidas pelas suas próprias ideias. Viviam desfasados do que pensavam, indulgentes aos seus caprichos pessoais.
As suas emoções eram a fraqueza pela qual se tornavam nos mais narcisistas exemplos daquilo que pretendiam erradicar pelas suas teorias.
O que este livro prova é a banalidade dos homens que se resguardavam por detrás de uma pensamento extraordinário. A obra mantem-se imaculada - pelo menos nos casos em que a obra é, sem qualquer dúvida, genial - mas as suas ideias deixam de ser encaradas com reverência para serem colocadas ao nível em que todas as ideias devem estar.
Mesmo tendo alterado o pensamento da humanidade, estes intelectuais podem e devem ser questionados, tanto para compreendermos as suas ideias como para delas nos aproximarmos.
E se estes intelectuais sofriam de uma tão grande discrepância entre o que eram e o que esperavam dos outros, o homem comum pode, felizmente, sentir-se menos dilacerado pelas suas contradições.
O que aqui se analisa é a forma como os autores que se dispunham a alterar o pensamento humano respeitaram pessoalmente o que "pregavam".
Nenhum dos homens que aqui estão retratados parece ter sido capaz de justificar pelo exemplo a correcção dos seus argumentos.
Estes são homens capazes de reflectir abstractamente mas incapazes de lidar com a realidade das suas emoções. Homens capazes de criar teorias a partir do vazio ou de um mínimo de informação mas incapazes de se relacionarem com a humanidade que tanto pretendiam influenciar.
Os intelectuais aqui analisados podem ter sido génios mas não tinham sentido auto-crítico nem uma compreensão individual de moral que os ajudasse a comandar as suas vidas pelas suas próprias ideias. Viviam desfasados do que pensavam, indulgentes aos seus caprichos pessoais.
As suas emoções eram a fraqueza pela qual se tornavam nos mais narcisistas exemplos daquilo que pretendiam erradicar pelas suas teorias.
O que este livro prova é a banalidade dos homens que se resguardavam por detrás de uma pensamento extraordinário. A obra mantem-se imaculada - pelo menos nos casos em que a obra é, sem qualquer dúvida, genial - mas as suas ideias deixam de ser encaradas com reverência para serem colocadas ao nível em que todas as ideias devem estar.
Mesmo tendo alterado o pensamento da humanidade, estes intelectuais podem e devem ser questionados, tanto para compreendermos as suas ideias como para delas nos aproximarmos.
E se estes intelectuais sofriam de uma tão grande discrepância entre o que eram e o que esperavam dos outros, o homem comum pode, felizmente, sentir-se menos dilacerado pelas suas contradições.
Intelectuais (Paul Johnson)
Guerra e Paz
1ª edição - Janeiro de 2009
496 páginas
Há uma mudança de estilo. Surpreendente. Gostei.
ResponderEliminarPor vezes é complicado conseguir juntar a razão, com a emoção tal como acontece com esses intectuais... Mas o que é supreendente é que não funcionam uma sem a outra. Uma pessoa com a area da emoção afectada no cérbero tem dificuldades em fazer até os raciocinios mais básicos...
ResponderEliminarPor isso é provavél que esses intelectuais estivessem repletos de emoções e não lidassem bem era com as emoções dos outros, ou os outros não lidassem bem com as deles.
Tal como tu penso que por vezes devia ser como se fossem os unicos que vissem numa terra de cegos...