O universo criado neste livro talvez fosse mais esperado numa obra de banda desenhada ou numa série.
Ficção Científica num mundo alguns anos atrás do nosso, Fantasia que brinca com os tempos antigos.
A conjugação permite uma enorme variedade de floreados de imaginação que mexem com a consistência do plano temporal, que tornam as artes como força motriz de violência e que trazem à baila manuscritos preciosos para o interior dos quais se pode viajar.
Inventividade bastante e liberdade total, um mundo sem regras, em geral semelhante ao nosso mas, para muitos leitores, um grau acima do interesse que lhe atribuímos.
Basta atentar no facto da plenitude deste universo alternativo ao nosso nunca vir a ser conhecida, pois a todos os momentos há um polícia do tempo determinado a corrigir a História pelas próprias mãos, para perceber como as possibilidades serão ilimitadas.
O ambiente de aventura ganha ainda mais pelo facto de a detective Quinta-Feira Seguinte ter contra si um vilão de antologia, não só pelos poderes, mas por ser a encarnação absoluta e maquiavélica de (alguma da) filosofia de Nietzsche.
Podia, até mesmo devia, tratar-se de banda desenhada, mas resulta muito bem em livro porque Jasper Fforde consegue agregar tudo num divertimento muito honesto e muito eficaz.
Divertimento que na sua forma de "brincar" com a literatura tem méritos inesperados ao colocar em perspectiva o endeusamento que se dá à fidelidade dos textos e à origem dos seus autores.
O texto de A Paixão de Jane Eyre sai incólume do livro ainda que antes não o estivesse, tal como a verdadeira identidade de Shakespeare até pode ser aquela que oficialmente se espera mas a origem dos seus textos ser baralhada pela imaginação do autor.
O reconhecimento retorcido da literatura mais clássica num livro "modernaço" é uma forma inteligente de mexer à vontade com os preconceitos que os leitores têm com os legados da literatura sendo-lhes infiel sem os desrespeitar.
A investigadora literária pode ser uma excelente companhia para rever textos de que muito gostamos e para nos divertirmos com eles - e as suas possibilidades - sem lamentos nem insultos.
Ficção Científica num mundo alguns anos atrás do nosso, Fantasia que brinca com os tempos antigos.
A conjugação permite uma enorme variedade de floreados de imaginação que mexem com a consistência do plano temporal, que tornam as artes como força motriz de violência e que trazem à baila manuscritos preciosos para o interior dos quais se pode viajar.
Inventividade bastante e liberdade total, um mundo sem regras, em geral semelhante ao nosso mas, para muitos leitores, um grau acima do interesse que lhe atribuímos.
Basta atentar no facto da plenitude deste universo alternativo ao nosso nunca vir a ser conhecida, pois a todos os momentos há um polícia do tempo determinado a corrigir a História pelas próprias mãos, para perceber como as possibilidades serão ilimitadas.
O ambiente de aventura ganha ainda mais pelo facto de a detective Quinta-Feira Seguinte ter contra si um vilão de antologia, não só pelos poderes, mas por ser a encarnação absoluta e maquiavélica de (alguma da) filosofia de Nietzsche.
Podia, até mesmo devia, tratar-se de banda desenhada, mas resulta muito bem em livro porque Jasper Fforde consegue agregar tudo num divertimento muito honesto e muito eficaz.
Divertimento que na sua forma de "brincar" com a literatura tem méritos inesperados ao colocar em perspectiva o endeusamento que se dá à fidelidade dos textos e à origem dos seus autores.
O texto de A Paixão de Jane Eyre sai incólume do livro ainda que antes não o estivesse, tal como a verdadeira identidade de Shakespeare até pode ser aquela que oficialmente se espera mas a origem dos seus textos ser baralhada pela imaginação do autor.
O reconhecimento retorcido da literatura mais clássica num livro "modernaço" é uma forma inteligente de mexer à vontade com os preconceitos que os leitores têm com os legados da literatura sendo-lhes infiel sem os desrespeitar.
A investigadora literária pode ser uma excelente companhia para rever textos de que muito gostamos e para nos divertirmos com eles - e as suas possibilidades - sem lamentos nem insultos.
O Caso Jane Eyre (Jasper Fforde)Guerra e Paz
1ª edição - Junho de 2010
392 páginas
jane eyre? that is a funny cover!
ResponderEliminar