O mito do vampiro não deixa de ser um mito profundamente carnal, cuja representação da penetração dos dentes na pele e respectivo sangramento se pode associar ao desvirginar sexual das mulheres.
De certa forma, Charlaine Harris está apenas a actualizar essa representação carnal para uma geração que, mais de 100 anos depois de Bram Stoker, tem muito menos pudicícia ou necessidade para um innuendo. Uma dentada na veia do interior da perna é muito mais explícita do que no pescoço e, nem por isso, os leitores parecem considerar que estão mais próximos de um erotismo tornado evidente.
Além desse, ela também trata de actualizar outros mitos, do lobisomem às bruxas, sendo evidente que lhes dá um carimbo mais consonante com o entendimento moderno de como estes grupos se inseririam no mundo.
Aliás, mais ainda, ela adapta os mitos a uma tradição profundamente enraízada no imaginário profundamente americano, profundamente sulista mesmo. Para uma sociedade que tem absorvido essa cultura por todas as formas de entretenimento, é quase reconfortante esta releitura em forma de entretenimento.
Será justo admitir que o público primário da saga será sempre o feminino, dado que a personagem central é uma rapariga a ganhar sistematicamente independência e força contra os mais inusitados seres sobrenaturais que tentam tomar conta da sua vida como bem lhes dá jeito.
O único problema de ler dois livros de seguida é notar-se perfeitamente a sistemática repetição de informações. Compreende-se qua assim uma pessoa possa iniciar a leitura em qualquer um dos volumes sem grandes problemas para compreender o cenário global que a autora montou.
De certa forma, Charlaine Harris está apenas a actualizar essa representação carnal para uma geração que, mais de 100 anos depois de Bram Stoker, tem muito menos pudicícia ou necessidade para um innuendo. Uma dentada na veia do interior da perna é muito mais explícita do que no pescoço e, nem por isso, os leitores parecem considerar que estão mais próximos de um erotismo tornado evidente.
Além desse, ela também trata de actualizar outros mitos, do lobisomem às bruxas, sendo evidente que lhes dá um carimbo mais consonante com o entendimento moderno de como estes grupos se inseririam no mundo.
Aliás, mais ainda, ela adapta os mitos a uma tradição profundamente enraízada no imaginário profundamente americano, profundamente sulista mesmo. Para uma sociedade que tem absorvido essa cultura por todas as formas de entretenimento, é quase reconfortante esta releitura em forma de entretenimento.
Será justo admitir que o público primário da saga será sempre o feminino, dado que a personagem central é uma rapariga a ganhar sistematicamente independência e força contra os mais inusitados seres sobrenaturais que tentam tomar conta da sua vida como bem lhes dá jeito.
O único problema de ler dois livros de seguida é notar-se perfeitamente a sistemática repetição de informações. Compreende-se qua assim uma pessoa possa iniciar a leitura em qualquer um dos volumes sem grandes problemas para compreender o cenário global que a autora montou.
Clube de Sangue (Charlaine Harris)
Saída de Emergência
1ª edição - Outubro de 2009
236 páginas
Sangue Oculto (Charlaine Harris)
Saída de Emergência
1ª edição - Janeiro de 2010
272 páginas
Sem comentários:
Enviar um comentário