Sou seguidor relativamente ávido da série Californication, pelo que a hipótese de ler a famosa obra ficcional dentro da ficção me pareceu natural de seguir. Até porque David Duchovny tem dado vida à sua personagem com enorme talento e poder de atracção.
Ficção dentro de ficção a tornar-se realidade. Não é o primeiro caso mas é um bem conseguido.
Sobretudo, é uma forma de fazer encontrar dois meios de criação distintos e, quem sabe, se não é mesmo uma forma inteligente de tornar espectadores em leitores.
Mas deixo essa reflexão para outro momento e falo, por agora, apenas do livro.
Este Hank Moody, escritor, é logo à partida uma personagem e, como tal, tem a sorte de poder ser constituído por traços de personalidade bem escolhidos e ricos.
A escrita desta personagem combina a verve pop de Nick Hornby, a fragilidade mascarada de misoginia de Charles Bukowski e o talento impúdico de Hunter S. Thompson.
A combinação não terá a relevância dos restantes, dos escritores reais, mas é um gozo de leitura.
Divertido tanto quanto é dramático. É como a própria série e, no entanto, não precisa dela para justificar a sua leitura.
Claro que o livro será apreciado melhor por quem conhece a série que tem aqui uma concretização do tão anunciado romance de sucesso da personagem que segue há várias temporadas.
Lê-se como uma história de origem da personagem que depois se refinou na série e a leitura benificia mesmo de se saber o que vem depois.
Agora bem pode vir o Fucking and Punching que eu não me importarei de continuar a ler a ficção tornada realidade.
Ficção dentro de ficção a tornar-se realidade. Não é o primeiro caso mas é um bem conseguido.
Sobretudo, é uma forma de fazer encontrar dois meios de criação distintos e, quem sabe, se não é mesmo uma forma inteligente de tornar espectadores em leitores.
Mas deixo essa reflexão para outro momento e falo, por agora, apenas do livro.
Este Hank Moody, escritor, é logo à partida uma personagem e, como tal, tem a sorte de poder ser constituído por traços de personalidade bem escolhidos e ricos.
A escrita desta personagem combina a verve pop de Nick Hornby, a fragilidade mascarada de misoginia de Charles Bukowski e o talento impúdico de Hunter S. Thompson.
A combinação não terá a relevância dos restantes, dos escritores reais, mas é um gozo de leitura.
Divertido tanto quanto é dramático. É como a própria série e, no entanto, não precisa dela para justificar a sua leitura.
Claro que o livro será apreciado melhor por quem conhece a série que tem aqui uma concretização do tão anunciado romance de sucesso da personagem que segue há várias temporadas.
Lê-se como uma história de origem da personagem que depois se refinou na série e a leitura benificia mesmo de se saber o que vem depois.
Agora bem pode vir o Fucking and Punching que eu não me importarei de continuar a ler a ficção tornada realidade.
Deus não gosta de nós (Hank Moody)
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1ª edição - Novembro de 2010Marcador
196 páginas
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