Muitos anos antes de Bram Stoker se tornar no autor sinónimo de Vampiro, outros criadores exploravam já os mitos da sua região.
Exploravam-nos em textos ricos que se preenchiam com muito mais do que o terror.
Muitos são os elementos que entram nestas histórias, seja o romance ou o humor, todos eles contribuem para construir textos que não se classificam e que, sem vampiros, poderiam ser lúcidos retratos de época.
Se há algo que podemos ler nestes dois textos é a repercussão social que tem o vampiro.
Os alertas do folclore permanecem nestas criações literárias. Contra a soberba ou a arrogância, por exemplo. Mas também, como foram muitos dos contos recolhidos pelos Grimm, avisos contra a libertinagem sexual.
Em parte são actualizados para censurar os pecados sociais que surgiam na época, como os rumores criados sem fundamento.
Aqui, verdadeiramente, a fantasia e o horror misturam a realidade e a imaginação de forma a servirem propósitos de sermão e sátira social.
A crítica da exploração do estatuto e da família com vista a objectivos de poder é violenta porque é feita a partir da cobrança de sangue.
Será, por isso, discutível até que ponto estamos verdadeiramente a lidar com textos de terror, embora algumas passagens sejam ainda magníficas nos calafrios que criam.
Dos dois texto é em A Família do Vampiro que as bases do mito são mais desenvolvidas e em que o género é mais evidente, tanto ao nível estrutural que recupera a tradição oral ao colocar um homem a relatar o seu encontro com vampiros, como ao nível exploratório do terror mais chocante.
Já em O Vampiro há mais dados sobre os muitos outros caminhos que o mito poderia ter seguido, entre eles o poder alucionatório do vampiro, por vezes mais perto de um fantasma do que as figuras que conhecemos hoje.
São textos que se lêem com apreço e que nos elucidam muito eficazmente sobre o que era o vampiro antes de ficar, em definitivo, estabelecido na cultura popular.
Exploravam-nos em textos ricos que se preenchiam com muito mais do que o terror.
Muitos são os elementos que entram nestas histórias, seja o romance ou o humor, todos eles contribuem para construir textos que não se classificam e que, sem vampiros, poderiam ser lúcidos retratos de época.
Se há algo que podemos ler nestes dois textos é a repercussão social que tem o vampiro.
Os alertas do folclore permanecem nestas criações literárias. Contra a soberba ou a arrogância, por exemplo. Mas também, como foram muitos dos contos recolhidos pelos Grimm, avisos contra a libertinagem sexual.
Em parte são actualizados para censurar os pecados sociais que surgiam na época, como os rumores criados sem fundamento.
Aqui, verdadeiramente, a fantasia e o horror misturam a realidade e a imaginação de forma a servirem propósitos de sermão e sátira social.
A crítica da exploração do estatuto e da família com vista a objectivos de poder é violenta porque é feita a partir da cobrança de sangue.
Será, por isso, discutível até que ponto estamos verdadeiramente a lidar com textos de terror, embora algumas passagens sejam ainda magníficas nos calafrios que criam.
Dos dois texto é em A Família do Vampiro que as bases do mito são mais desenvolvidas e em que o género é mais evidente, tanto ao nível estrutural que recupera a tradição oral ao colocar um homem a relatar o seu encontro com vampiros, como ao nível exploratório do terror mais chocante.
Já em O Vampiro há mais dados sobre os muitos outros caminhos que o mito poderia ter seguido, entre eles o poder alucionatório do vampiro, por vezes mais perto de um fantasma do que as figuras que conhecemos hoje.
São textos que se lêem com apreço e que nos elucidam muito eficazmente sobre o que era o vampiro antes de ficar, em definitivo, estabelecido na cultura popular.
O Vampiro e A Família do Vampiro (Aleksei K. Tolstói)
Arbor Litterae
1ª edição - Setembro de 2010Arbor Litterae
200 páginas
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