quarta-feira, 29 de abril de 2009

Assombrado por si próprio

A assombração é a temática deste livro.
Nele encontramos Emily, a rapariga teimosa e egoísta que não olhava a meios para levar a sua avante. Isso custou-lhe a vida, mas nem isso a impede de, na sua forma fantasmagórica, fazer todos cederem aos seus caprichos. Arriscando, acima de tudo o resto, a vida da criança que veio "preencher" o espaço que ela deixara vazio, Jane.
A componente sobrenatural da história, sem dúvida sombria e cheia de suspense acaba por ter um efeito que se potencia num público juvenil, menos habituado a um terror mais intenso, inclusivamente por lidar com personagens infantis - embora não exclusivamente.
No restante público, a história terá um efeito mais agradável, um pequeno conto de mistério e expectativa bem escrito e admiravelmente contido num cenário que facilmente se propiciava a exageros.

Só que há uma subtileza que escapará ao público juvenil e que afectará o público adulto, uma subtileza que traça o retrato de um outro terror, mais fundo e psicológico.
A assombração de que são vítimas as personagens adultas desta história não é a de um mero fantasma mas antes, como se revelará em tempo próprio, a culpa e a impotência que deriva do amor.
A assombração com que vivem - sobretudo a mãe de Emily - é auto-imposta e Emily é a sua materialização (se fará sentido dizê-lo de um fantasma).
A luta que com ela travam, é a luta com as suas próprias limitações.
Com isto, Patricia Clapp criou uma obra que consegue aliar dois públicos sem neglenciar as suas distintas características. E isso, com grande talento.


















Jane-Emily (Patricia Clapp)
Bico de Pena
1ª Edição - Março de 2009
128 páginas

terça-feira, 28 de abril de 2009

Detestei-te

Foi curioso que logo após O dia em que matei o teu pai eu tenha encontrado outro livro que utiliza no seu enredo o acto da consulta psicológica de forma a desenvolver a personagem central.
Mas por comparação, enquanto no caso desse livro se dava uma verdadeira exploração da personagem, aqui o mecanismo parece mais servir como um manual de auto-ajuda camuflado num romance.
Mas essa sua sub-reptícia intenção, ainda assim, é um problema menor neste livro.
O seu maior problema é a "assustadora" (e cito uma amiga minha a quem mostrei o livro) qualidade da escrita que se revela logo nos parágrafos que abrem o livro e dos quais cito estes exemplos: Se um extraterrestre viesse à Terra ficaria apaixonado por esta paisagem, e qualquer plano para nos invadir seria eternamente adiado.; ou ainda ... a minha vida ter-se tornado num dvd que foi colocado em pausa. O problema é que perderam o comando e parece não haver maneira de voltar a colocá-lo em PLAY.
A oca essência destas metáforas, tão facilmente desmontáveis, é risível. E a inclusão do "PLAY" em letras maiúsculas (então e o "dvd"?) só acentua mais esse efeito.

Não sei se será de uma conjugação que o curso que tiraram proporcia, mas trata-se do segundo romance de que desisto em pouquíssimo tempo perante a atrocidade modernista destes novos escritores, formados em Comunicação Empresarial.
Não cheguei a saber o que se passou em Copacabana pois o romance ainda não havia descolado de Lisboa quando o pousei.
E, sinceramente, nem me interessa!


















Amei-te em Copacabana (Francisco Salgueiro)
Oficina do Livro
1ª Edição - de 200
páginas

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O desafio da mente humana

Há um efeito verdadeiramente brutal à medida que lemos este livro.
Desde logo porque nos vemos subitamente a vasculhar a intimidade de um homem que nos fala como se fôssemos o seu psiquiatra.
Procuramos no seu discuros, nas suas reflexões filosóficas, religiosas, mundanas ou banais razões para o assassinato que cometeu.
Nada encontramos, claro, as acções não se explicam subitamente assim, não se explanam por se tirar apontamentos avulso da vida de um homem.
Ele, que nos fala, choca-nos porque não se confessa. Fala de trivialidades da sua infância, reflecte sobre metafísica. E, lá pelo meio, fala-nos da sua relação com o pai, mas por mais que queiramos, não encontramos uma justificação directa para as "duas pauladas na cabeça" que ele deu no pai.
Ele mente, ele revela-nos o seu romance inacabado, ele desafia-nos, relaciona-se connosco e parece desarmar-se.
A exposição da mente humana, dos seus meandros - ainda insondáveis, claro - mais secretos, é escabrosa mas subitamente tão fácil.
É promíscua a maneira como desconfortavelmente nos deixamos levar pelo nosso lado voyeurístico. Mais do que levar, deixamos -nos seduzir.

Mario Sabino criou este derradeiro jogo, uma análise que é, no fundamental, a nós mesmos.
"Ouvindo" o personagem em voz directa, lendo o seu "romance dentro do romance" de permeio, vamos conquistando novas peças que constroiem uma periclitante estrutura.
Mais peças significam mais incerteza, mais espanto.
Mario Sabino mantem a expectativa - quase mórbida, diria, não que isso seja mau no fundamental - do leitor sempre prestes a ser devastada.
De tal forma que o final (de que não contarei nem um pouco, descansem) consegue ser ainda mais surpreendente e brutal que todo o processo de exploração que decorreu até ali.
Um livro que é um desafio e um bom desafio, por sinal.


















O dia em que matei o meu pai (Mario Sabino)
Saída de Emergência
1ª Edição - Fevereiro de 2005
160 páginas

sábado, 25 de abril de 2009

Um Djinn pouco dissimulado

Djinn é um conto que pretendeu servir de base ao estudo da língua francesa numa Universidade americana.
Apesar do cuidado do tradutor na transposição verbal, a verdade é que esse efeito se perde aqui, o que leva a que seja a qualidade da própria narrativa a ter de suportar a avaliação do leitor.
Derivando da funcionalidade do conto está a sua deliciosa premissa, que Jean - o nome inglês - é a transcrição fonética de Djinn.
As possibilidades imaginadas perante esta tão simples ideia são inúmeras e, possivelmente, injustas para com o próprio livro que ficará sempre em desvantagem contra as expectativas.

Aqui estamos perante a criação de um pequeno universo de devaneio criativo.
Tudo aqui parece possível, mas incontrolável.
A sensação de sonho, fugaz e fugidio, é constante.
Sempre que uma ideia nos parece consistente ou uma linha narrativa parece prestes a ser concluída, logo ela é alterada para nos manter expectantes e constantemente nos surpreender.
No processo, Alain Robbe-Grillet integra aqui diversos temas interessantes, que parecem impossíveis de se associarem, mas que nessa combinação se recriam.
Talvez a melhor comparação seja com um filme de David Lynch, mas ao contrário deste, a sensação de nos vermos subitamente roubados da nossa certeza não é constante. Não nos vemos, no final, obrigados a tentar intuir o máximo possível, porque no final, demais nos é explicado, numa recuperação da realidade palpável que cai mal neste pequeno conto fantástico.
Uma pena que um Djinn não tivesse guiado o destino desta obra literária e fazê-la vagar eficazmente pelos mundos que dela fazem parte.

Como nota final, é de louvar nesta edição, a integração no final de um artigo publicado no Le Monde acerca desta obra e que melhor ajuda a conhecer e compreender o universo do autor e o porquê de algumas das suas opções.



















Djinn (Alain Robbe-Grillet)
Livros do Brasil
1ª Edição - 1990
208 páginas

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A virulência do luxo

Montespan é um romance histórico sem pudores.
Atira-se à moralidade das aparências do tempo que descreve sem restrições.
Ficcionando a vida do esquecido marido da amante favorita de Luís XIV - cuja elogiada beleza loira poderão ver na pintura que dela fizeram (o autor permanece desconhecido) -, vasculha a podridão do luxo da corte de Versalhes .
Não há aqui embelezamentos de oca grandiosidade, nem a forma "chique" de um propalado choque - de mentalidades, comportamentos ou revelações.
Aqui lida-se com a secura do relato sincero e, por isso brutal.
As aparências são arrancadas e reduzidas à sua realidade mais comum que tenderíamos sempre a rejeitar.
Acabam-se aqui as convenções.
E que bom é ler um romance histórico assim tão refrescado pela ironia!

Felizmente que Montespan não é apenas (mesmo que já fosse tanto) este efeito.
Aqui fala-se de um homem tão patético quanto admirável no seu amor grandioso e honesto entre um mundo tão mirrado.
Estoicamente ele lutou pelo seu amor, com as mais escabrosas e inusitadas armas que o destino lhe deu.
Seria mais fácil e proveitoso que ele se rendesse, mas a rendição era a única possibilidade que ele não encarava.
Como um louco atravessou a vida, desafiantemente "cornudo" bem na frente do rei.
Montespan é um Dom Quixote do lado errado da vida, incapaz de imaginar os seus próprios monstros.
Os seus são mais reais e muito menos admiráveis.
Ele tem de lutar com o monstro que tudo pode mas que atrás de si deixa apenas um rasto de sémen e merda - muito literalmente, posso garantir!
Montespan, o homem, é admirável e ridículo, já o disse.
Até ao último sacrifício por amor ele consegue fazer-nos querer rir dele, somente para nos rendermos a ele numa derradeira vénia.

Jean Teulé escreve-lhe a vida com eloquência, mas com ironia e desapego.
Faz da escrita um ponto de desarme de efeitos exteriores para que nos centremos na força desta história.
Por isso é que Montespan é um romance essencial!


















Montespan (Jean Teulé)
Guerra e Paz
1ª Edição - Março de 2009
320 páginas

sábado, 11 de abril de 2009

O tempo da risada maléfica


O que menos se pode dizer de O Rapaz que chutava porcos é que é politicamente incorrecto.
Tem aquela deliciosa perversidade que os pais de hoje em dia teimam em escudar dos seus filhos, como se fosse por ela que as mentes deles se "corrompessem", quando certamente serão os jovens leitores os que menos se chocariam com tudo isto, pois eles compreenderiam o humor que advem de toda esta negra e burlesca comédia.
Claro que convem ter alguma perversidade para com o mundo para melhor apreciar este conto grotesco que consegue fazer pouco da autoridade, do jornalismo moderno e da vida em si mesma, enquanto cria o caos total e assustador sem contemplações.
Mas convem também encarar o mundo com os olhos de uma criança para que não nos choquemos com este impossível terror de um rapaz que odeia a humanidade por uma simples questão de ego.
Até porque o choque será maior quando percebermos que, no fundo, não fosse tanto exagero de consequências, seríamos nós o rapaz que chutava porcos, mais os seus sentimentos que teimamos em esconder.
Este livro vinga-nos sem prejuízo de ninguém e é com prazer que tentamos resguardar as nossas gargalhadas, que logo soam como risadas a meio caminho entre o Diabo e o "diabinho".
Vai já ali para a prateleira fazer companhia ao A Morte Melancólia do Rapaz Ostra e ao Histórias em verso para meninos perversos, para melhor fazer perdurar o prazer da infância pela idade dentro!



As ilustrações do livro - de que podem ver um exemplo no topo desta crítica - pertencem a David Roberts e são, elas próprias, uma delícia!


















O rapaz que chutava porcos (Tom Baker)
Editorial Teorema
1ª Edição - Maio de 2003
132 páginas

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Os filhos da solidão

Se há algo que atravessa A Filha do Partisan é a solidão.
No fundamental, esta torturada história de amor, é o retrato de como na luta contra a solidão imensa, o ser humano acaba por não conseguir escapar a ela senão numa breve miragem.
Enquanto Roza luta para manter Chris junto a si, contando-lhe todas as suas histórias de forma a melhor o seduzir, provocar e manter em suspenso, para que volte dia após dia; Chris rende-se à necessidade de a ouvir, de se sentir necessário e, claro, à hipnose daquela voz e daquele relato.
Mas nada disso consegue apagar os vestígios daquela primeira impressão, em que ele a abordou pensando que ela era uma prostituta e ela lhe respondeu que não cobrava menos de 500£.
Ambos se condenaram ali, embora não pudessem ter vivido tal história de amor de outra forma.
No fim de contas, os sentimentos que casualmente os aproximaram, são os mesmos que acabam por os separar.
A solidão e o medo que o mundo lhes impõe, e que os levam a comportar-se como se comportaram quando se encontraram da primeira vez, acabam por os agarrar sem possibilidade de escape. O prenúncio do que sucederia está sempre com eles e a história de amor, linda, não parece mais do que um interlúdio na engrenagem das suas (tristes) vidas.

A Filha do Partisan tem um dom ao contar esta história.
Com as duas vozes - Chris e Roza - a história vive-se quase "ao vivo" e a surpresa com a história de Roza é genuína, como é genuína a desconfiança com a verdade do que ela conta.
A entrega dela não é completa, mesmo quando leva a história para os caminhos mais desabrigados e assim estamos tão vigilantes quanto expectatantes.
Tudo para vermos o livro ensinar-nos, no seu mecanismo narrativo, a lição que as personagens vivem. As nossas expectativas não são cumpridas pelo livro, pois não é isso que ele pretende. A nossa solidão é a da impossibilidade de nos acharmos por via desta leitura. Ela é um interlúdio que temos de saber interpretar por mérito próprio.
Arrojado é a palavra que me apetece empregar aqui. E conseguido, felizmente, também!


















A filha do Partisan (Louis de Bernières)
Publicações Europa-América
1ª Edição - Março de 2009
172 páginas

domingo, 5 de abril de 2009

Penas da tartaruga


José Jorge Letria apressou-se a deixar a sua marca entre as comemorações das efemérides Darwinianas deste ano de 2009.
Henriqueta, a tartaruga de Darwin é um livro que documenta de forma simples o que foi a vida de Darwin. E que complementa isso mesmo com uma reflexão sobre como o valor da vida e da evolução não se alteraram apesar do trabalho de Darwin.
É um livro eficaz, informativo e que, por ser uma história imaginada, tem uma vontade de dizer aos leitores que todas as possibilidades da imaginação são possíveis e recomendáveis.
Este último sentido de leitura do texto é exposto num último capítulo que destoa perante o resto.
Sobretudo porque essa última indicação faria mais sentido num livro de direito próprio (como o foi em Letras e Letrias, também de José Jorge Letria) e não num livro que pretende ser de uma natureza mais sóbria e cujo conteúdo é, à parte da invenção do próprio narrador, concreto.

Ao texto de José Jorge Letria junta-se o trabalho de Afonso Cruz que, mesmo com a sua qualidade quase táctil e do interessante efeito de envelhecimento das imagens, não tem mais do que um sentido ilustrativo do texto.
O jogo entre palavras e imagens sai empobrecido, o que é uma verdadeira pena, sobretudo se passarmos os olhos por outras colaborações que estes dois autores já produziram anteriormente.

No conjunto, é um livro bem menos interessante do que esperaria, didáctico mas não propriamente lúdico - algo que a sobriedade pouco cativante da capa reflecte bem.
Uma pena, mais uma vez.















Henriqueta, a tartaruga de Darwin (José Jorge Letria e Afonso Cruz)
Texto Editora
1ª Edição - Fevereiro de 2009
32 páginas

sábado, 4 de abril de 2009

Vida aos livros


Decidi-me a escrever esta crónica a propósito da minha recente desistência na leitura de A Pátria dos Loucos.
Ainda me lembro do primeiro livro que não li até ao final.
A Paixão Turca era o seu nome - corrijo, ainda é, pois o livro ainda existe na estante da minha mãe - e a sua leitura arrastava-me sem misericórdia.
Já tinha chegado à página 70 e aquela profundamente feminina consciência (de um género que aproximaria de um Sexo e a Cidade sem pudores) penava sobre mim.
A dor de abandonar aquele livro a meio pesou sobre mim. Lembro-me da angústia que atencedeu a decisão e da consulta ao meu pai - e mentor bibliófilo.
Acabaria por ser a sua concordância o passo decisivo para que finalmente seguisse para outras paragens literárias.
Já lá vão muitos anos sobre este episódio e, desde então, perdi o pudor de abandonar um livro que não me arrebate, me desafie ou me intrigue.

Há poucas semanas, Paul Schrader falava ao Ípsilon a propósito de uma ocasião em que, na condição de crítico de Cinema, se deixou dormir na sala.
Dizia ele que as horas que passava na sala a ver o filme eram mais importantes para ele do que os dez anos que o realizador passara a fazer o filme.
É uma ideia perfeitamente esclarecida.
Não se pode desperdiçar tempo com objectos - neste caso, livros - que não representem no seu tempo de leitura os mesmos meses, ou anos ou toda uma vida, que representaram para o escritor enquanto o escrevia.
Por isso é que arbitrei, desde A Paixão Turca, as 30 páginas que referi na crítica.
São o meu limite imposto para que um livro ganhe vida.
Se em 30 páginas um livro não "nascer" em mim, não arrancar nem um breve momento de emoção, então não lhe permito que me continue a prender por muitas outras páginas.
Este leitor tem o seu direito a viver verdadeiramente outros livros!


A natureza morta que ilustra esta crónica pertence à obra do pintor holandês Jan Davidszoon de Heem.
A ele o meu obrigado.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Grande Personagem

Benjamim Weaver é um personagem que pode muito bem marcar o seu território no imaginário popular.
Este "judeu português, antigo pugilista, actual caçador de criminosos e futuro mestre do disfarce" tem o desembaraço e a malapata que, combinados, permitem que as suas deswventuras deixem sedentos leitores de qualquer espécie.
Afinal de contas, quantas vezes encontraremos um homem que, falsamente condenado à morte, fuja da prisão atravessando completamente nú as ruas de Londres para, algum tempo depois, conquistar os comentários e a sociedade londrina ao fazer-se passar por um rico comerciante de tabaco Jamaicano?
Quantas vezes conseguiremos encontrar um homem que envolvido numa trama de repercussões políticas não deixa de ser um "homem de rua", com uma genealogia que remete directamente para os obscuros detectives de Mickey Spillane.

Um dos pontos mais fortes do livro é exactamente esse, o de jogar tão bem e tão divertidamente com a alta e a baixa sociedade.
A linguagem de "casebre" dá um gosto particular que não destoa entre a sociedade alta.
O personagem e o livro vagueiam entre as ruas e os salões com a mesma graça e agilidade.
Sobre isso, vale a pena ainda assinalar o humor com que o autor desengana o leitor.
Em vez de procurar colar uma personagem ao rumo de uma conspiração imensa e cheia de contornos grandiloquentes, o autor trata de fazer a intriga crescer em torno de Weaver, para depois a dissolver com fina ironia naquilo que sempre foi, a busca de um homem pelos culpados da sua condenação.
Em vez de um thriller histórico, temos um thriller colado às suas personagens cheias de vida, que aproveita para dar uma vista de olhos no contexto socio-político da época.
Refrescante entre a produção actual do género.

Ainda mais um reparo, se me permitem.
Apesar de este livro se seguir a A Conspiração de Papel - que não li, embora agora o deseje - não foi necessário lê-lo para conhecer esta personagem.
Benjamin Weaver caracterizou-se a si próprio pelas suas acções, como personagem viva que é e não funcional e mecanicista como Gabriel Allon, o protagonista de O Confessor, de que recentemente falei.



















O Grande Conspirador (David Liss)
Saída de Emergência
1ª Edição - Outubro de 2006
352 páginas