Relicário tem uma viva linguagem cinematográfica, que serve bem a imaginativa história, um thriller em que a aventura e a especulação científica se cruzam sugestivamente fazendo render a tensão até ao final pela introdução de diversos acontecimentos que tornam o ambiente de Nova Iorque mais palpável.
Serve a história proporcionando a cada página uma fácil e apelativa imagética que nos faz percorrer as páginas com gosto.
Uma linguagem cinematográfica que, no entanto, prejudica também o decorrer da história, com uma construção de cenas que acaba por denunciar o que vai ocorrer, colocando à frente dos olhos a sugestão – demasiado explícita – daquilo que logo depois vai revelar.
Algo que atesta bem ao facto de não ser tanto o mistério (policial) a dominar o livro – e, por consequência, também não ser como thriller que este mais se destaca – mas antes o sentido de possibilidades em aberto, de aventura.
O que resgata Relicário a esses desequilíbrios é o domínio que os seus autores têm da cidade em que a história decorre.
Seja o reino das “toupeiras” habitando os subterrâneos de Nova Iorque ou sejam os atritos que se geram na relação da população local com a violência que por lá ocorre, os autores criam um enorme sentido de realidade, com um domínio perfeito do interesse e da expectativa dos leitores.
Conjugando isso com uma inteligente construção das suas personagens, inusitadas, complementares, cuja actuação permite inferir diversos pormenores intrigantes das suas profissões – jornalismo, antropologia ou polícia de giro – e das relações que no seu seio e entre cada uma se estabelecem.
Relicário é, por isso, uma agradável aventura, que será mais natural de ler a quem leu Relíquia (do qual este livro é a sequela) mas que tem informação em doses mais do que suficientes para quem quiser começar apenas por aqui.
Serve a história proporcionando a cada página uma fácil e apelativa imagética que nos faz percorrer as páginas com gosto.
Uma linguagem cinematográfica que, no entanto, prejudica também o decorrer da história, com uma construção de cenas que acaba por denunciar o que vai ocorrer, colocando à frente dos olhos a sugestão – demasiado explícita – daquilo que logo depois vai revelar.
Algo que atesta bem ao facto de não ser tanto o mistério (policial) a dominar o livro – e, por consequência, também não ser como thriller que este mais se destaca – mas antes o sentido de possibilidades em aberto, de aventura.
O que resgata Relicário a esses desequilíbrios é o domínio que os seus autores têm da cidade em que a história decorre.
Seja o reino das “toupeiras” habitando os subterrâneos de Nova Iorque ou sejam os atritos que se geram na relação da população local com a violência que por lá ocorre, os autores criam um enorme sentido de realidade, com um domínio perfeito do interesse e da expectativa dos leitores.
Conjugando isso com uma inteligente construção das suas personagens, inusitadas, complementares, cuja actuação permite inferir diversos pormenores intrigantes das suas profissões – jornalismo, antropologia ou polícia de giro – e das relações que no seu seio e entre cada uma se estabelecem.
Relicário é, por isso, uma agradável aventura, que será mais natural de ler a quem leu Relíquia (do qual este livro é a sequela) mas que tem informação em doses mais do que suficientes para quem quiser começar apenas por aqui.
Relicário (Douglas Preston e Lincoln Child)
Saída de Emergência
1ª Edição - Julho de 2009
400 páginas
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