Há uma combinação deliciosa em Christopher Moore, que o seu trabalho como humorista venha carregado de qualidade como escritor, de uma imaginação plena de originalidade e de uma erudição assinalável.
Por isso mesmo se torna tão deliciosa a leitura desta sua “comédia de terror” capaz de citar Xerazade à medida que esboça uma road trip pelas estradas americanas feita pela mais improvável dupla de companheiros que já nos foi possível encontrar e que resultará numa visão nada menos do que divertidamente lúcida do típico retrato das pequenas cidades americanas para onde convergem personalidades tão curiosas e caricatas.
À conta desse seu universo, verdadeiramente único, que conjuga o melhor da sua imaginação com o mais apropriado e hilariante realismo do seu país.
A ironia, o sarcasmo e a crueldade têm par – e repercussão, para ser justo – na atenção que Moore dedica às suas personagens, mesmo àquelas que aparecem só para ser comidas ao fim de um capítulo.
Já o humor tem par na erudição, a facilidade do sorriso que as páginas nos proporcionam é a mesma facilidade com que as referências literárias nos evocam outros conhecimentos literários e, com isso, outras ressonâncias para as suas criações.
O seu trabalho, fosse de um género mais sério, seria certamente aclamado de forma mais abrangente, mas o culto que o autor vem gerando em torno de si é plenamente justificado, e quanto mais nos pudermos embrenhar no seu singular universo, melhor.
Por isso mesmo se torna tão deliciosa a leitura desta sua “comédia de terror” capaz de citar Xerazade à medida que esboça uma road trip pelas estradas americanas feita pela mais improvável dupla de companheiros que já nos foi possível encontrar e que resultará numa visão nada menos do que divertidamente lúcida do típico retrato das pequenas cidades americanas para onde convergem personalidades tão curiosas e caricatas.
À conta desse seu universo, verdadeiramente único, que conjuga o melhor da sua imaginação com o mais apropriado e hilariante realismo do seu país.
A ironia, o sarcasmo e a crueldade têm par – e repercussão, para ser justo – na atenção que Moore dedica às suas personagens, mesmo àquelas que aparecem só para ser comidas ao fim de um capítulo.
Já o humor tem par na erudição, a facilidade do sorriso que as páginas nos proporcionam é a mesma facilidade com que as referências literárias nos evocam outros conhecimentos literários e, com isso, outras ressonâncias para as suas criações.
O seu trabalho, fosse de um género mais sério, seria certamente aclamado de forma mais abrangente, mas o culto que o autor vem gerando em torno de si é plenamente justificado, e quanto mais nos pudermos embrenhar no seu singular universo, melhor.
Guia prático para cuidar de Demónios (Christopher Moore)
Gailivro
1ª Edição - Junho de 2009
328 páginas
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