Nick Hornby é um escritor de apurado sentido popular, que explora as mais convencionais e reconhecíveis situações com uma casualidade e uma facilidade que falam directamente ao homem comum que se esconde (ou nem tanto) por detrás do leitor exigente.
Esse sentido pop é o que lhe permite conquistar o seu público, pela identificação e por uma certa dose de humor, para depois lhes falar de temas nada menos do que perturbadores.
Temas que passam pelo suicídio, pela inadaptação, pela falta de concretização da vida ou pela destruição do conceito de família.
O apelo de Nick Hornby é então esse, de falar de temas tão comuns – acima de tudo, as relações – de forma tão desavergonhada, tão realista quanto mordaz, tão compreensiva quanto destrutiva.
Isso é algo que parte desde logo da escolha dos seus temas, temas que lhe são queridos a ele como a 80% – valor fabricado neste preciso momento! – da população ocidental. Futebol, música, romantismo. E com certa leveza de vocabulário, com uma predominância da oralidade, com um encadeamento escorreito, vai encobrindo a seriedade de muitos dos subtemas que lá se encontram.
Essa conjugação de factores acaba por ser também aquilo que torna as suas obras em material tão bom e fácil de se ver adaptado ao cinema.
Mas embora Era uma vez um rapaz seja um bom livro, não tem o mesmo encanto que Alta Fidelidade teve quando o li, esse livro que era ele próprio uma forma de canção pop sobre o amor e sobre a música, o que me impede de estar certo de voltar a reencontrar-me com Nick Hornby.
Esse sentido pop é o que lhe permite conquistar o seu público, pela identificação e por uma certa dose de humor, para depois lhes falar de temas nada menos do que perturbadores.
Temas que passam pelo suicídio, pela inadaptação, pela falta de concretização da vida ou pela destruição do conceito de família.
O apelo de Nick Hornby é então esse, de falar de temas tão comuns – acima de tudo, as relações – de forma tão desavergonhada, tão realista quanto mordaz, tão compreensiva quanto destrutiva.
Isso é algo que parte desde logo da escolha dos seus temas, temas que lhe são queridos a ele como a 80% – valor fabricado neste preciso momento! – da população ocidental. Futebol, música, romantismo. E com certa leveza de vocabulário, com uma predominância da oralidade, com um encadeamento escorreito, vai encobrindo a seriedade de muitos dos subtemas que lá se encontram.
Essa conjugação de factores acaba por ser também aquilo que torna as suas obras em material tão bom e fácil de se ver adaptado ao cinema.
Mas embora Era uma vez um rapaz seja um bom livro, não tem o mesmo encanto que Alta Fidelidade teve quando o li, esse livro que era ele próprio uma forma de canção pop sobre o amor e sobre a música, o que me impede de estar certo de voltar a reencontrar-me com Nick Hornby.
Era uma vez um rapaz (Nick Hornby)Teoremasem indicação da Edição - Maio de 2000
296 páginas
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