O apreço de Sedaris, desta vez, dirige-se aos seus países de eleição e aos "bons velhos tempos".
Como sempre, é emoção e saudade revelada de forma velada. Se há vergonha em falar da vida privada ou se há incómodo de quem está no lugar do receptor, nada mais simples do que acrescentar uma pitada de humor. Claro que a parte menos simples é acertar com esse humor para que torne as histórias interessantes e não ridículas, para que todos os leitores se possam identificar e regozijar com tais histórias.
Se o humor de Sedaris é certeiro, é o seu desavergonhamento que nos causa estranheza.
Um diário de um fumador a tentar desistir deveria ser um de dois, ou uma recolha de vitórias moralizantes ou de derrotas avisadoras. Um diário que fosse um manual de ajuda.
Numa sociedade que entregou a sua privacidade de boa vontade, David Sedaris ainda consegue fazer da privacidade um caso de transformação da visão que se tem do mundo.
Não se sai incólume destas crónicas, relativiza-se a perspectiva dos acontecimentos e a ideia de trauma que delas sobressai. E ainda assim isso sucede enquanto nos rimos sem o tentar controlar.
Fico à espera que Sedaris ainda não tenha deixado de chocar com histórias como estas e que ainda tenha muitas crónicas para serem compiladas em livro pois não tem sido norma encontrar escritores que façam o que ele faz com tanto talento.
Como sempre, é emoção e saudade revelada de forma velada. Se há vergonha em falar da vida privada ou se há incómodo de quem está no lugar do receptor, nada mais simples do que acrescentar uma pitada de humor. Claro que a parte menos simples é acertar com esse humor para que torne as histórias interessantes e não ridículas, para que todos os leitores se possam identificar e regozijar com tais histórias.
Se o humor de Sedaris é certeiro, é o seu desavergonhamento que nos causa estranheza.
Um diário de um fumador a tentar desistir deveria ser um de dois, ou uma recolha de vitórias moralizantes ou de derrotas avisadoras. Um diário que fosse um manual de ajuda.
Numa sociedade que entregou a sua privacidade de boa vontade, David Sedaris ainda consegue fazer da privacidade um caso de transformação da visão que se tem do mundo.
Não se sai incólume destas crónicas, relativiza-se a perspectiva dos acontecimentos e a ideia de trauma que delas sobressai. E ainda assim isso sucede enquanto nos rimos sem o tentar controlar.
Fico à espera que Sedaris ainda não tenha deixado de chocar com histórias como estas e que ainda tenha muitas crónicas para serem compiladas em livro pois não tem sido norma encontrar escritores que façam o que ele faz com tanto talento.
Diário de um fumador (David Sedaris)
Contraponto
1ª edição - Setembro de 2009
256 páginas
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