Diria que era uma perspectiva inesperada que Christopher Moore tivesse já uma mão cheia de livros editados em Portugal.
Afinal, não é um autor com um talento assinalável para a escrita e nem o humor é um género de apreciável expansão por cá.
Em Minha Besta ficam evidentes as deficiências narrativas de Moore que tem lapsos que exigem algum raciocínio de completação e, outras vezes, algum exercício de esquecimento para que a história continue unida e flúida.
Já o seu humor tem o dom de fazer precisamente o contrário, manter o leitor obcecado com os detalhes das suas ideias.
A visão de Christopher Moore tem uma liberdade infantil sobre o que o potencial do mundo e um reaccionarismo provocador que não aceita limites para o que pode fazer com o mundo.
Acho que esta combinação fica bem resumida naquela que é, provavelmente, a mais persistente ideia deste livro, quando um grupo de amigos gastam meio milhão de dólares com uma prostituta que tem um truque para se potenciar, pinta-se de azul. O motivo que os levou a isso foi, pois claro, a descoberta de uma vontade partilhada da sua infância, a de foderem um estrumpfe.
Valeria a pena reflectir sobre se um livro será o meio certo para Christopher Moore. Um programa de sketches ou meia hora de stand up poderiam funcionar melhor, baseados apenas nas ideia de Moore e sem necessidade de consistência narrativa.
Claro que esses dois meios impediriam que abríssemos um livro e sermos prendados com um início como Mataste-me, meu estafermo! Tu não prestas! ou que andássemos a lê-lo em público e a tentar conter o riso.
Ter a hipótese de andar com um pedaço de humor assim no seio da "boa sociedade" torna-o ainda mais divertido.
Afinal, não é um autor com um talento assinalável para a escrita e nem o humor é um género de apreciável expansão por cá.
Em Minha Besta ficam evidentes as deficiências narrativas de Moore que tem lapsos que exigem algum raciocínio de completação e, outras vezes, algum exercício de esquecimento para que a história continue unida e flúida.
Já o seu humor tem o dom de fazer precisamente o contrário, manter o leitor obcecado com os detalhes das suas ideias.
A visão de Christopher Moore tem uma liberdade infantil sobre o que o potencial do mundo e um reaccionarismo provocador que não aceita limites para o que pode fazer com o mundo.
Acho que esta combinação fica bem resumida naquela que é, provavelmente, a mais persistente ideia deste livro, quando um grupo de amigos gastam meio milhão de dólares com uma prostituta que tem um truque para se potenciar, pinta-se de azul. O motivo que os levou a isso foi, pois claro, a descoberta de uma vontade partilhada da sua infância, a de foderem um estrumpfe.
Valeria a pena reflectir sobre se um livro será o meio certo para Christopher Moore. Um programa de sketches ou meia hora de stand up poderiam funcionar melhor, baseados apenas nas ideia de Moore e sem necessidade de consistência narrativa.
Claro que esses dois meios impediriam que abríssemos um livro e sermos prendados com um início como Mataste-me, meu estafermo! Tu não prestas! ou que andássemos a lê-lo em público e a tentar conter o riso.
Ter a hipótese de andar com um pedaço de humor assim no seio da "boa sociedade" torna-o ainda mais divertido.
Minha Besta (Christopher Moore)
Gailivro
Sem indicação da edição - 2008
344 páginas
christopher moore para sempre na minha wishlist :D
ResponderEliminarsó para dizer que vim roubar a imagem e acabei de o ler esta semana :)
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